Com trina anos, finalmente a policial Natália se apaixonou. Agora ela precisa descobrir se o homem de sua vida é o psicopata mais procurado de sua cidade.
Um trecho do livro:
Patrícia acordou, ainda estava viva. Suas mãos amarradas com mais força do que antes. Estava novamente jogada no canto daquele local escuro, frio. Jogada como uma boneca maltrapilha e maltratada por uma criança. Imobilizada, amordaçada, ela lembrou-se da mãe com uma ternura despedaçada pelo terror.
- Filha, nunca fale com estranhos.
Queria tanto estar com ela, sentir seu colo, seus mimos. Ela pensou e começou a chorar.
- Nunca mais vou vê-la.
Ela se pegou falando sozinha, com dificuldade. A mordaça era bem forte. A dor intensa. A doce figura que ela conheceu se transformou na imagem do pavor em sua mente. De um horror sem limites e sem fim.
Ela ouve algo. Fica em um desesperado alerta. Reconhece os passos dele. (Filha, nunca fale com estranhos). Ela conseguiu lembrar de novo da mãe, apesar da onda de pânico que tomava conta dela.
Um Estranho No Parque
O prefeito fica ali olhando para os três na sua frente, como se estivesse os avaliando. Agora ele olha para Natália.
- Lá na festa, quando eu recebi os dois em meu escritório, você já estava o investigando?
Natália balançou a cabeça em um sinal afirmativo. Naquela festa Natália conseguia se apresentar como uma mulher apaixonada por Brenner com uma perfeição que agora deixa o prefeito admirado.
- Eu não sabia que a polícia de Campo Belo era tão competente.
Ele falou com um sorriso sincero para ela. Natália mal conseguiu esconder sua tristeza quando ouviu aquilo.